Por Augusto Nunes, 17/03/2016,
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O ex-presidente da República reduzido a caso de polícia e o caso
psiquiátrico promovido a chefe de governo conspiraram sem vergonha nem cautelas
para sabotar a Operação Lava Jato, impedir o desmonte do maior esquema corrupto
da história e livrar do merecidíssimo enquadramento no Código Penal a
obscenidade que chefia a seita lulopetista, a organização criminosa desbaratada
pela Polícia Federal, a Casa Civil e, disfarçado de ministro, o governo em
adiantado estado de decomposição. Ponto. O resto é vigarice de doutor de porta
de cadeia, ladainha de devoto descerebrado, choradeira de fanático sem cura,
conversa fiada de quem não tem mais para onde correr.
Quando Lula foi levado para o depoimento que vinha driblando na Polícia
Federal da qual continuou a debochar, os tripulantes do Titanic infestado
de cafajestes tentaram manipular a forma para embaçar o conteúdo. O berreiro em
torno da “condução coercitiva” foi a mágica de picadeiro ensaiada para evitar
que a justa fúria dos lesados desabasse sobre o prontuário. Obrigar um meliante
a conversar com o delegado não tem nada de mais. Intoleráveis são as
bandalheiras que vicejaram no sítio em Atibaia, as safadezas amontoadas no
triplex do Guarujá, as negociatas que introduziram o camelô de empreiteira no
clube dos ricaços sem profissão definida.
Abalroados pela divulgação das repulsivas conversas telefônicas, Lula,
Dilma e seus comparsas sacaram do coldre o mesmo trabuco enferrujado. Pelos
gemidos das carpideiras de cadáveres adiados, vilão é o juiz Sérgio Moro.
Mostrar ao país o que pensam, dizem e fazem a esquisitice que virou presidente
e o farsante que a pariu — como pôde a república de Curitiba autorizar tamanha
enormidade? Como esquecer a folha de serviços prestados ao país pelo reizinho
que se expressa em linguagem de cortiço? Rosna a matilha de rábulas do
Instituto Lula e geme o que resta do rebanho do PT.
Chega de farisaísmo, retrucaram nesta quarta-feira as multidões
devolvidas às ruas pela descoberta da conspiração contra o Estado Democrático
de Direito. Foi a gota d’água. É hora de encerrar o velório interminável e
sepultar um governo fora da lei. O Poder Executivo está sob o comando de uma
organização criminosa. Que o Legislativo e o Judiciário cumpram o seu dever sem
delongas nem firulas. O povo nas ruas tem pressa.
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