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domingo, 8 de maio de 2016

“Perdoaremos o crime do traficante porque ele é o benfeitor da favela?”, pergunta Magno Malta



Senador detona tentativa de aliviar crimes de Dilma por suposta ajuda do PT aos pobres

Por Felipe Moura Brasil, 06/05/2016,
www.veja.com.br

O senador Magno Malta (PR-ES) encerrou sua participação memorável na comissão do impeachment nesta sexta-feira (6) com mais um discurso para a posteridade.

”(…) Nós estamos no antepenúltimo capítulo do fim do Foro de São Paulo.

Todos nós brasileiros sonhamos o sonho que eles nos conduziram a sonhar. E por alguns momentos milhares – milhares e milhares – acharam que deixaram de ser pobres e ingressaram na classe de pobres emergentes. De repente, o sonho acabou.

Eu acordei um pouco antes, mas a nação perplexa (está) acordada agora: desempregada, contas a pagar, nome na Serasa. [Do] Minha Casa Minha Vida, os mais simples não têm como – desempregados – pagar sua prestação. Ainda que ínfima, não têm como pagar. A nação (está) desmoralizada.

Não podemos evocar o conjunto da obra (de Dilma) porque as pedaladas simplesmente se revestem de um caráter: a gota d’água. Eles acreditaram na impunidade. Para tanto, mentiram no processo eleitoral e, agora, ninguém pode evocar [o conjunto da obra], mas eles podem.

‘Porque essa mulher fez tanto! O Lula também. O Bolsa-Família. Olhem aí as escolas técnicas… Quem é que pode desmerecer isso? Ninguém pode.

Mas: perdoaremos o crime do traficante porque ele é o benfeitor da favela?

O traficante por acaso não deve ser preso e votaremos aqui uma mudança na lei para isentar qualquer traficante de droga porque ele dá cesta básica, porque compra bujão e paga o enterro das pessoas? E muitas vezes enterro (em decorrência) de matanças que eles mesmos mandaram fazer.

Porque paga a festa do Dia das Mães? Porque ele é o benfeitor onde o Estado é ausente? Perdoaríamos, pois, o traficante por isso?

O que se pede neste momento é que se tenha misericórdia, aliás, uma palavra que ela (Dilma) não conhece, nunca pediu e jamais pedirá porque eles são incapazes de reconhecer que cometeram um erro sequer. Eles só acertaram. A arrogância! Só acertaram!

Então perdoaremos aqueles que cometeram um crime, exatamente porque ele é a presença onde há ausência do Estado?

Minha mãe não está mais aqui. Se estivesse me vendo na televisão, eu diria: mamãe, me acorde. Eu só falto ver chover pra cima porque o resto tudo eu já vi. ‘Golpista’? O sonho acabou. Esse é o capítulo antepenúltimo do fim do Foro de São Paulo (…)".

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