Por Augusto Nunes, 26/07/2015,
www.veja.com.br
Texto de
Reynaldo Rocha
Fim de semana é tempo de reflexões. E pensar no que
vem lá. Depois da lama invadindo São Bernardo e o Guarujá, a semana reserva
dois momentos importantes. Dilma pretende na próxima quinta reunir os
governadores para garantir a tal governabilidade. Sabemos do que se trata.
A agenda oficial fala em debater projetos de
isenção fiscal que estão para ser votados no Congresso. É impressionante como a
Rainha da Mandioca continua a acreditar que ainda pode ser a farsa ambulante,
falando em nome da metamorfose de Garanhuns. Sejamos claros: Dilma quer apoio
para continuar o mandato que já acabou.
Se os tucanos Geraldo Alckmin (SP), Reinaldo
Azambuja (MS), Beto Richa (PR), Marconi Perillo (GO) e Simão Jatene (PA)
comparecerem a esta festa de prostíbulo, estarão apunhalando FHC. E a todos
nós. Some-se a eles ao menos Paulo Câmara (PSB/PE), Flávio Dino (PCdoB/MA),
Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) e Pedro Taques (PDT/MT).
Vamos ver agora quem é quem. Separar os homens dos
meninos. Ou os com coragem dos vendidos. Dilma e Lula passaram a campanha toda
batendo em cada um dos citados. Teriam coragem para hipotecar apoio à zumbi nos
estertores? Fornecerão oxigênio a quem nunca os respeitou? Veremos.
Também é hora de refletir sobre o comportamento dos
ministros do STF. A um juiz cumpre aplicar a lei. Mas as indicações para o
Supremo têm atendido a inclinações partidárias, ao adesismo de ocasião, a
demonstrações de gratidão e outros fatores extralegais. Alguns ministros não
são juristas. Estão a serviço dos que os beneficiaram.
Seguirão a bordo do Titanic? Optarão pelo abraço de
afogado? Ou buscarão alternativas que os afastem do cemitério?
Há uma saída: agirem como juízes. Veremos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário