Texto de
Thiago Bronzatto e Laryssa Borges, de Brasília,
05/05/2016, www.veja.com.br
O ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral
(ex-PT-MS) pretende comparecer na próxima segunda-feira à Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) e se defender pessoalmente das acusações de que
teria atuado para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. A CCJ se
reuniu na manhã desta quinta para votar o parecer que confirma a
constitucionalidade do processo que deve levar o senador a perder o mandato,
mas os parlamentares concordaram em adiar o final do processo mais uma vez para
evitar que o caso possa ser anulado pela justiça. Agora, a ideia de Delcídio é
falar "sem limitações" sobre a atuação do ex-presidente Lula para
comprar o silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró. O entendimento do
senador é o que de que, como o procurador-geral da República Rodrigo Janot já
aditou a denúncia contra ele, incluindo o petista entre os passíveis de se
tornar réu por obstrução à justiça, ele estaria liberado para contar detalhes
de como Lula atuou para melar a Lava Jato e como o presidente do Senado Renan
Calheiros (PMDB-AL) teria se beneficiado de propinas na Petrobras. A sessão da
CCJ está agendada para as 16 horas de segunda. Na terça, o Plenário do Senado
deve votar a cassação do mandato de Delcídio.
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