Ele sonha: "O ideal de um partido é que ele pudesse ganhar a
Presidência da República, 27 governadores, 81 senadores e 513 deputados sem se
aliar a ninguém"
Por: Reinaldo Azevedo, 20/11/2015,
www.veja.com.br
Prometi não tratar
mais das entrevistas de Lula, a menos que ele diga algo de aproveitável, de
supinamente estúpido ou de revelador. E ele fez isto nesta sexta.
O homem discursou a
uma pequena platéia no Trigésimo Congresso Nacional da Juventude do PT, em
Brasília. Atacou a oposição, pediu que a militância defenda o mandato de Dilma
Rousseff e falou nas eleições presidenciais de 2018. Ao citar Dilma, o
ex-presidente disse que é preciso ajudá-la “a sair da encalacrada” em que a
oposição colocou o PT.
Em outro momento,
Lula afirmou aos jovens que seria “ideal” para um partido vencer as eleições
sem a necessidade de fazer alianças políticas, mas como isso não é possível, é
necessário, então, “aceitar o resultado e construir a governabilidade”.
Disse:
“O ideal de um partido é que ele pudesse ganhar a Presidência da República, 27 governadores, 81 senadores e 513 deputados sem se aliar a ninguém. Mas, muitas vezes, temos que aceitar o resultado e construir a governabilidade.”
“O ideal de um partido é que ele pudesse ganhar a Presidência da República, 27 governadores, 81 senadores e 513 deputados sem se aliar a ninguém. Mas, muitas vezes, temos que aceitar o resultado e construir a governabilidade.”
Por fim, Lula revelou
à platéia que pretende escrever um livro com o ex-presidente do Uruguai José
Mujica. A obra teria como objetivo “provocar a juventude a assumir um papel
mais importante na política”.
Então vamos pela
ordem das implicações:
– Lula revela
que bom mesmo é comandar uma ditadura. Nem Saddam Hussein chegava a 100% dos
votos; contentava-se com 95%;
– Se,
enfrentando oposição, o PT já comandou o mensalão e o petrolão, imaginem como
não seria.
– Lula sonhava
ser o califa do Estado Petista. Em vez disso, terminará seus dias tendo de se
explicar à Justiça.
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