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quinta-feira, 19 de maio de 2016

MEC tem o dever de demitir cineasta que vive das tetas oficiais e difama a democracia brasileira no exterior



O Sr. Kleber Mendonça Filho tem o direito de dizer o que bem entender, mas nós não temos de financiar suas opiniões

Por Reinaldo Azevedo, 19/05/2016,
 www.veja.com.br

Vamos botar um pouco de ordem na bagunça e ver como as coisas funcionam num regime democrático.

O senhor Kleber Mendonça Filho dirigiu um filme chamado “Aquarius”, que foi exibido no festival de Cannes, na França. Garantidos os holofotes, este senhor e parte do elenco resolveram exibir pequenos cartazes em inglês e francês anunciando ao mundo uma mentira: o Brasil teria sofrido um golpe de Estado e já não seria mais uma democracia.

Como vocês leram num post publicado aqui, Kleber exerce um cargo de confiança numa entidade federal, a Fundação Joaquim Nabuco, onde é coordenador de Cinema.

Entendo. Seu filme foi feito com dinheiro do BNDES, um banco público federal, e da Secretaria de Cultura de Pernambuco. A ida do valente a Cannes também foi bancada por um órgão público, a Ancine, por meio de um programa que apóia a participação em festivais.

Muito bem. Até ontem à noite, a assessoria de Mendonça Filho, novo ministro da Educação e Cultura, afirmou que o MEC ainda não tinha decidido se o valente continuaria ou não no cargo. O ministro teria dito que Kleber “é um cidadão brasileiro e tem o direito de se expressar”.

Ora, é claro que sim! Que se expresse onde quiser e como quiser. O que ele não tem é o direito de usar dinheiro público para difamar o país no exterior e para mentir.

A única coisa razoável a fazer é demiti-lo sumariamente, caso lhe falte, claro! A hombridade para pedir demissão. Quem quer ser dono das próprias opiniões — e com esse desassombro exibido pelo tal Kleber — tem de se garantir sem a caridade oficial, não é mesmo?

Se ele não reconhece a democracia como um valor, que vá falar suas bobagens em outra freguesia. O MEC não tem apenas o direito de demiti-lo; tem é a obrigação. Em nome do Estado democrático e de direito.

As instituições não têm de financiar as opiniões do Sr. Kleber quando ele próprio deixa claro que as despreza.

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