Neste 4 de dezembro, os espertalhões do Congresso vão constatar que a
tentativa de assassinar a Lava Jato malogrou
Por Augusto
Nunes, 30/11/2016,
www.veja.com.br
Na
madrugada desta quarta-feira, enquanto a nação inteira abraçava as vítimas do
horror em Medellin, a Câmara dos Deputados aproveitou a redução da vigilância
para desferir punhaladas na Constituição, pontapés no sentimento da
vergonha e bofetadas na cara do país que presta. Das 10 medidas de combate à
corrupção endossadas por mais de 2 milhões de brasileiros, apenas quatro não
foram desfiguradas por malandragens urdidas pela grande bancada dos fora da
lei.
O
triunfo ilusório dos gigolôs de empreiteira logo estará confirmando que
medo de cadeia anula o instinto de sobrevivência eleitoral e encurta o caminho
que acaba no suicídio político. Para livrar-se do perigo de despertar com
batidas na porta às seis da manhã, a bancada dos fora da lei ousou desafiar a
imensidão de gente exausta de roubalheira, cinismo e cafajestagem. O troco virá
no próximo domingo, 4 de dezembro.
A
voz das ruas dirá aos espertalhões do Congresso que o povo continua acordado.
Avisará ao presidente Michel Temer que a promessa de vetar a anistia articulada
pelos vigaristas do caixa 2 tem de estender-se a todas as canalhices que
transformaram o projeto original numa declaração de amor à corrupção. Os
envolvidos na conspiração criminosa saberão que ninguém conseguirá impedir o
avanço da Lava Jato.
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