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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Greenfield tem tudo para suceder a Lava Jato em fases e longevidade



Operação envolve pesos-pesados da economia e vai, com absoluta certeza, cair no colo de políticos; o PT, de novo, está no centro da lambança

Por Reinaldo Azevedo, 06/09/2016,
 www.veja.com.br


A Operação Greenfield tem tudo para suceder a Lava Jato em fases e longevidade. O cheiro que emana é de carne queimada. E é evidente que o partido dos companheiros está, mais uma vez, no centro da lambança.

A Polícia Federal ouviu nesta terça o ex-presidente da Previ, o fundo de previdência complementar dos funcionários do Banco do Brasil, Sergio Rosa. Ele chegou por volta das 10 horas à sede da PF, no Rio. Segundo o despacho do juiz Vallisney de Souza Oliveira, Sergio Rosa “teria recebido, por meio da empresa R.S. Consultoria e Planejamento Empresarial, vantagem pecuniária indevida da OAS para que a Previ realizasse investimentos do interesse da empreiteira”. Ainda pela Greenfield, foram alvos de prisão temporária, ontem à noite, Carlos Augusto Borges e Maurício Marcellini Pereira, diretores de Participação Societária e de Investimentos do Funcef, o fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal. Os sete presos até agora são ou eram membros da Funcef.

A avaliação de investigadores da Polícia Federal é que a operação tem potencial para causar estragos em outros setores, além dos fundos de pensão. Eles acreditam que, num primeiro momento, ela pode atingir o setor elétrico e setores do sistema financeiro; depois, deve complicar a situação dos políticos responsáveis por indicações de diretores nessas entidades. No caso do setor de energia, o foco seriam principalmente investimentos realizados pelos fundos na construção de usinas hidrelétricas, como Belo Monte, e na estruturação da Sete Brasil. Nesses casos, os fundos, segundo avaliação preliminar da PF e do Ministério Público, teriam recebido ordens superiores do governo Lula para fazer aplicações nesses novos investimentos. Em outras palavras: deve atingir em cheio o PT.

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