Da redação, 18/10/2016,
www.veja.com.br
Em artigo escrito para a edição desta terça-feira
do jornal Folha de S. Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
réu em três processos, apela novamente à tática de politizar a Operação Lava
Jato e as demais investigações contra ele – e, dessa maneira, nada
explicar sobre as acusações. Como de praxe, Lula atacou os inimigos de sempre:
a Justiça, a imprensa livre e a tal ‘elite’ que trabalha incansavelmente para
que os mais pobres percam benefícios sociais ou deixem de andar de avião, de
acordo com a retórica petista. Diz que é vítima de uma ‘caçada’ e que nada
conseguiu se comprovar contra ele. Também ataca a ‘ignorância’ dos agentes da
lei. “Às vésperas de completar 71 anos, vejo meu nome no centro de uma
verdadeira caçada judicial. Devassaram minhas contas pessoais, as de minha
esposa e de meus filhos; grampearam meus telefonemas e divulgaram o conteúdo;
invadiram minha casa e conduziram-me à força para depor, sem motivo razoável e
sem base legal. Estão à procura de um crime, para me acusar, mas não
encontraram e nem vão encontrar”, escreveu.
Se o discurso vitimista
visava provocar algum impacto, o artigo de Lula não figura sequer entre os
assuntos mais comentados do Twitter – os usuários da rede social se dividem
entre a operação da Polícia Federal que mira a banda Aviões do Forró e uma
votação sobre o sertanejo Luan Santana. Já na página do ex-presidente do
Facebook, os compartilhamentos são pouco mais de 4.600 e as reações, 11.000.
São números, justiça seja feita, melhores do que as dezenas de manifestantes
que fizeram na vigília em frente ao prédio onde vive o petista após a
divulgação de um boato segundo o qual ele seria preso ontem.
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