Total de visualizações de página

sábado, 31 de dezembro de 2016

Para livrar Lula da cadeia, a tropa de rábulas tenta irritar Sérgio Moro com a insolência dos sem-álibi



A reprise da ópera dos atrevidos não funcionou: a testemunha contou que Marisa Letícia era tratada pela OAS como dona do triplex no Guarujá

Por Augusto Nunes, 13/12/2016,
 www.veja.com.br

Por falta de álibis e excesso de delinqüências, a tropa de advogados encarregada de livrar Lula da cadeia agora recorre à tática da insolência para tumultuar audiências presididas por Sérgio Moro. Sem argumentos para defender um recordista em pilantragem, os bacharéis atacam o magistrado. Não argumentam, nem ponderam; provocam, debocham e mentem. O sonho dos rábulas é a prisão por desacato à autoridade, que seria apresentada como prova da alma truculenta do condutor da Lava Jato. O Brasil decente espera que Moro reabasteça o estoque de paciência, não caia na armadilha e espere o troco que inevitavelmente virá. Lula é réu em outros tribunais. A esperteza acabará reprisada diante de algum juiz federal que revidará o desaforo com a merecidíssima punição. Algumas horas de gaiola bastam para transformar o mais arrogante data vênia num cavalheiro exemplar.

Nesta segunda-feira, a ópera dos atrevidos recomeçou em Curitiba, durante a oitiva de Marilza da Silva Marques, engenheira responsável pelo atendimento a compradores de imóveis da OAS, que escoltou Marisa Letícia e seu filho Fábio Luís numa visita ao triplex do Guarujá. Na porta do edifício Solaris, mãe e filho foram recepcionados por Léo Pinheiro e Paulo Gordilho, executivos da construtora. A certa altura, o representante do Ministério Público Federal perguntou a Marilza como havia sido tratada pelos anfitriões a ex-primeira-dama: “como uma possível compradora do imóvel ou como uma pessoa para quem esse imóvel já havia sido destinado”? Argumentando que a opinião da depoente não tinha importância legal, os advogados interromperam a pergunta três vezes. E mais interrupções viriam se Moro não ordenasse a retomada do depoimento.

“Fica um protesto aqui de novo…”, insistiu Juarez Cirino. Moro qualificou de “inconveniente” a teimosia do advogado. A defesa não é inconveniente na medida em que estamos no exercício da ampla defesa”, replicou Cirino. O juiz avisou que a questão já fora indeferida. “Vocês não podem cassar a palavra da defesa”, desafiou o doutor, que desandou de vez ao ouvir do juiz que a lei lhe permitia confiscar a palavra de bacharéis inconvenientes. Segue-se a continuação do duelo:

Cirino: Não pode, porque estamos colocando uma questão muito importante, relevante, o procurador da República está pedindo a opinião da testemunha e ele não pode…

Sergio Moro: Doutor, o senhor está sendo inconveniente. Já foi indeferida sua questão, já está registrada e o senhor respeite o juízo. 

Cirino: Eu, mas escute, eu não respeito Vossa Excelência enquanto não me respeita como defensor do acusado…

Sergio Moro (subindo a voz alguns decibéis): O senhor respeite, o senhor respeite o juízo. Já foi indeferido.

Cirino (no limite do berro): Vossa Excelência tem que me respeitar como defensor do acusado, aí então Vossa Excelência tem o respeito que é devido a Vossa Excelência, mas se Vossa Excelência atua como acusador principal, Vossa Excelência perde todo o respeito.

Sergio Moro: Sua questão já foi indeferida, o senhor não tem a palavra… (Voltando-se para a depoente). A senhora pode responder essa questão? Ela era tratada como adquirente em potencial ou uma pessoa à qual o imóvel já tinha sido destinado?

E então Marilza encerrou a história: “Tratada como se o imóvel já tivesse sido destinado”.

Comentários

Renato Ulisses
 
Augusto
Comente isto, por favor. É sobre criminosos que se livram da cadeia:

Haddammann Veron Sinn-Klyss
 
A ‘agenda’, ‘política’, estava toda maquinada para ‘formatar’ corruptos (‘abençoar’ corruptos e escravizar a população); mudar isso é o que é preciso; e é um trabalho duro. É preciso SABER o que fazer, e ter alguma condição de distinguir com quem se poderia fazer tipo: No Jornalismo temos uma referência, o A. Nunes da Veja, nos Partidos temos, pelo menos, um Caiado. Na Ciência temos cientistas muito bons; em Administração mais uns tantos, e por aí vai. Existem coisas que passam despercebidas, coisas simples, de como a ‘agenda’ nociva do comuno-ladroísmo nos ferrou todinhos; vou citar uma apenas: Quem não notou que as simples noções e regras que com o muito tempo de viver socialmente em casas comuns, os engenheiros e outros, nos deram e lesgislaram o seguinte: “Casa com 3 metros de frente afastados do muro da calçada, 1metro no mínimo, o menor lado de parede para o muro do vizinho... (sem citar as regras básicas – básicas – do sistema de águas e esgotos)...? Porque nos incitaram a trepar por cima disso? Porque ao invés de fazerem casas-prontas simples, criaram a maldita e amaldiçoada ‘casa-geminada’ e os caixotes-pombal que as empreiteiras (o cartel corrupto que explora pobres, ricos, etc.) e a “agenda fomentadora da pobreza ‘sustentável’ e politicamente ‘correta’ “‘ obrigaram o cidadão a aceitar, criando de propósito bolsões para a exploração e manipulação da pobreza? Meus caros criaram bairros-feudais, exorbitados em volume e entulhação, para os corruptos manterem cercados e vigiados como pastos os escravos que antes eram cidadãos, pobres, mas cidadãos. Não houve desenvolvimento algum, houve escravizamento descarado da população, e daí veio o tal ‘fundo-partidário’ um absurdo, uma versão de ‘sindicato-político’. separando a ‘casta’ de parasitas-políticos dos miseráveis pagadores de impostos-forçados.

Mudar isso tudo é preciso, se não quisermos ser uma vergonha ante os Céus.

Sergio
 
Boa tarde. Estes advogados, de uma forma ou de outra, mostram suas verdadeiras faces e á que vieram. Não que estejam coadunados com a justiça de olhos vendados, face suas atitudes e da forma que operam seu direito. Vamos ver ali na frente.


Nenhum comentário:

Postar um comentário